Com duas partes - fora de campo, que se concentra na estética das relações entre literatura e cinema, e em campo, que enquadra, na cinematografia nacional, um momento histórico e duas produções originadas de obras literárias - Cinematizações trata, em seis ensaios, de algumas das infinitas manifestações do imagético. O espelho espetacular examina a expressão da palavra e da imagem e suas representações simbólicas nos discursos literário e cinematográfico. Diálogo das ilusões aborda aspectos tecnológicos, estruturais e fenomenológicos da literatura e do cinema como arte e linguagem. O percurso literocinematográfico discorre sobre como, pela intermediação do roteiro, se pode estruturar um filme a partir de um livro. Chanchada com cê maiúsculo, que abre a segunda parte deste livro, investiga a existência de uma tradição cinematográfica nacional, pautando-se pela teoria de Antonio Candido sobre a formação da literatura brasileira.
O triângulo prudente propõe uma análise específica sobre o processo de cinematização, evidenciando o discurso simbólico na tradução da novela Alves & Cia (1925), de Eça de Queiroz, para o filme Amor & Cia (1998), de Helvécio Ratton. Por fim, Ambigüidades circulares busca no estudo de Augusto Massi sobre o romance Estorvo (1991), de Chico Buarque, a presença de três ambigüidades, que se referem à identidade, ao espaço, e ao tempo, para revelar como o cineasta Ruy Guerra as introduziu na narrativa do filme homônimo (2000).
O LIVRO CINEMATIZAÇÕES, LANÇADO NO 40º FESTIVAL DE BRASÍLIA DO CINEMA BRASILEIRO,
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